Que o Amor e a Paz possam reinar em nossos corações!

Que o Amor e a Paz possam reinar em nossos corações!

domingo, 20 de setembro de 2009

Não me recuso a fazer o pouco que posso


"Sou uma só, mas ainda assim sou uma! Não posso fazer tudo o que gostaria, mas posso fazer alguma coisa. E não podendo fazer tudo, não me recuso a fazer o pouco que posso!"











domingo, 30 de agosto de 2009

Fazendo algo surpreendente e bom



Muitos deixam de acreditar na vida quando passam por crises emocionais, sofrem perdas, atravessam dificuldades e desprezos. Mas, Beethoven, embora controlado por um forte sentimento de incapacidade, procurou superar-se. Procurou um sentido para a vida. Por incrível que pareça, a coragem e a sensibilidade dele o levaram a fazer o que ninguém jamais havia tentado fazer: compor músicas, apesar de surdo. Os amigos acharam loucura a atitude de Beethoven, fruto de quem está completamente derrotado e perturbado. "Beethoven deve estar delirando!", alguns pensavam. Parecia impossível. Um surdo desejar compor músicas é como um cego desejar pintar uma paisagem. Loucura! Todavia, aconteceu algo inimaginável. Com uma garra incansável, aprendeu a transformar seu caos num ambiente de refinada criatividade. Beethoven aprendeu a ouvir o inaudível. O mestre da música colocava os ouvidos sobre os solos e os objetos e ouvia as vibrações das notas que dedilhava ao piano. No começo, tudo parecia confuso, não distinguia as notas. Mas, à medida que treinou seus ouvidos, as vibrações começaram a estabelecer uma relação com as notas musicais arquivadas em sua mente, que, por sua vez, abriram os arquivos da sua memória, dirigindo, assim, sua inventividade. Desse modo, o inacreditável começou a acontecer. Com indescritível habilidade, Beethoven compôs belíssimas músicas, apesar da surdez. Foi nesse período que ele compôs uma das suas obras mais famosas: a 5ª Sinfonia. Quando os sonhos nos controlam, os surdos podem ouvir melodias, os cegos podem ver cores, os derrotados podem encontrar energia para continuar. Quando não havia solo para caminhar, Beethoven caminhou dentro de si mesmo, não desistiu da vida, ao contrário, exaltou-a. Os sonhos venceram. O mundo ganhou.

- Tirado do Livro "Filhos brilhantes, alunos fascinantes" de Augusto Cury

sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Ver o sorriso no rosto

Se posso passar a maior parte de meu dia auxiliando as pessoas ao meu redor, porque eu faria diferente? Pobres seres que só pensam em si! Quanto vazio...Quanta solidão... Quanta falta de paz! Bom mesmo é poder ver o sorriso no rosto daqueles a quem tanto amamos e saber que fazemos parte do motivo desse sorriso!

domingo, 15 de março de 2009

Ex-morador de rua lança livro de poemas




"Cátia, Simone e outras Marvadas" é publicado pelo coletivo "Dulcinéia Catadora", que divulga a um baixo custo (R$ 5) a produção de pessoas em situação de rua. A capa é feita de papelão recolhido por catadores e pintado à mão pelos filhos de catadores.As angústias e contradições da vida na rua, pelo olhar de quem foi sem-teto, agora podem ser lidas em versos. Depois de estrear no teatro com as peças "Bonifácil Preguiça" e "Diário dum carroceiro", esta última encenada no Teatro Fábrica São Paulo, Sebastião Nicomedes, 39 anos, lança seu primeiro livro de poemas.



Leia também:



Nicomedes mostra os descaminhos de quem tem o asfalto ou o albergue como morada. Seus textos pisam no registro referencial e poético, apontam para o lugar de construção do próprio narrador. Um lugar em que sua identidade pode ser edificada e reconhecida, pela palavra. Para os desavisados: nem tudo é autobiografia. "Sou um escritor. Não é porque escrevi algo que isso de fato aconteceu comigo". Igualar sua obra a tão-somente retratação do real é o caminho mais fácil. Mas embreada na escrita - que é experiência e imaginação - o narrador expõe o difícil percurso de um rosto, de um nome:

"O cobertor é meu escudo

esconde-me o rosto de todos".

Com exceção de duas personagens que dão título à obra, todas as outras são anônimas.
Em "Ao luar" e "3 anos: a vida", em especial, a passagem entre o exílio no nada e o ingresso no mundo se dá pelo olhar poético. Ele é quem inaugura a experiência de ser. A noite, por sua vez, metaforiza a estréia desse mistério. Algumas vezes o humor divide espaço com o trágico, para logo depois abandoná-lo. Em "Cumplicidade", os versos andam e dançam como um bêbado equilibrista que cai, mas não deixa a garrafa despencar. E, ao final: "e se reerguer o mendigo a indústria da miséria entra em falência 
(...) 

porque o corpo que bebe


caindo ao chão não incomoda".


Sem-teto, sem nada 

Se Deus criou o mundo em sete dias, foi necessário um a mais para desfazê-lo. Após oito dias internado no hospital, devido a uma queda de 4 metros e meio de altura quando instalava um letreiro em uma loja, Sebastião perdeu o emprego, a noiva, os amigos, os parentes. Ficou só.

Morou dois meses na companhia única do asfalto, revirando lixo em busca de comida e material reciclável. Passou mais três anos e meio em albergues com mais de mil sem-tetos e "um monte de gente que não era nossos pais mandando em nós". Horários rígidos para acordar, dormir, comer, tomar banho. Há poucos meses vive em um pequeno quarto alugado no Brás, pago com o que recebe em eventuais trabalhos artísticos.
Descobriu o ofício de escritor ainda na rua, quando um catador lhe pediu que escrevesse uma carta a sua mãe. "Esse cara me empurrou para a escrita. Me disse: 'Você é letrado, você podia contar nossa história'. Eu nem conhecia a palavra letrado", conta. Desde então, milita no Movimento Nacional da População de Rua, já teve duas peças encenadas e é colunista do jornal O Trecheiro, da Rede Rua। Foi o autor do slogan "Dê mais que esmola, dê futuro", usado na campanha da Prefeitura de São Paulo contra o trabalho infantil.

(Terra Magazine)