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E nem ver a vida passar

Sabe aquele momento  em que  

olhamos as coisas ao nosso redor e descobrimos que não damos o menor valor aos detalhes da natureza que nos cerca? Uma folha de árvore caindo, um pássaro pousando no fio elétrico, uma linda e colorida borboleta passando bem pertinho do nosso nariz, um cachorro atravessando uma avenida tranquilamente e atrapalhando o trânsito e logo começa aquele buzinaço dos estressados do cotidiano? São tantos os detalhes que nos passam desapercebidos que se fizéssemos uma lista no final de cada dia, ficaríamos surpresos e decepcionados por termos perdido oportunidades únicas em nossas vidas, de percebermos o que nos é dado de presente diariamente! Correr, trabalhar, correr, trabalhar, correr, trabalhar.... e nem ver a vida passar! Vale a pena isso? Paremos para refletir!

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Jovem da periferia de SP passa em Harvard e outras 5 universidades dos EUA

Tábata Pontes já estava estudando na USP; ela é filha de cobrador de ônibus e uma vendedora de flores

03 de abril de 2012 | 20h 08

Felipe Oda, do Jornal da Tarde

Uma medalhista olímpica brasileira, vinda da rede pública de ensino, está prestes a trocar o Brasil pelos Estados Unidos. Tábata Amaral de Pontes, de 18 anos, tem mais de 30 medalhas no currículo, entre competições nacionais e internacionais de física, matemática, química e astronomia, como mostrou o Jornal da Tarde em fevereiro. À época, a notícia era a aprovação dela na Universidade de São Paulo.

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Estudante tem mais de 30 medalhas em olimpíadas escolares

Agora, o leque de opções aumentou. Filha de um cobrador de ônibus e de uma vendedora de flores, moradores da periferia de São Paulo, no extremo da zona sul, Tábata foi aprovada em seis universidades norte-americanas: Harvard, Caltech, Columbia, Princeton, Yale e Pennsylvania. Ela concluiu o ensino médio no Etapa, como bolsista.

A felicidade de Tábata só não é maior porque a confirmação da aprovação em Harvard, na quinta-feira, foi recebida três dias antes do falecimento de seu pai. Por conta disso, a jovem não pôde conversar com a reportagem.

Em fevereiro, antes de conhecer os resultados das universidades americanas, Tábata disse ao JT que a experiência poderia ajudá-la a contribuir com “a educação no País”. Ela é fundadora do programa Vontade Olímpica de Aprender, (VOA) que dá aulas de matemática para alunos de colégios públicos. À época, chegou a comentar: “parece impossível passar, mas esse é o meu sonho”.

(ESTADÃO.COM.BR/EDUCAÇÃO)