Que o Amor e a Paz possam reinar em nossos corações!

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quinta-feira, 5 de março de 2020

Viajantes do tempo


Somos de vidro, também de pedra, água e areia...
Viajantes do tempo. O remetente e o destinatário. 
Tudo que jogamos contra o vento vem ao nosso encontro. Somos o próprio reflexo que vemos no espelho e além dele. Somos a vida e a morte. O tudo e também o nada. Somos idealizadores. Sonhadores. Propagadores. Feitos de inocência num mundo de regras. Maldosos ou bondosos no tempo exato...
Ora oferecemos riscos, ora somos a mais perfeita das ternuras. O ponto de encontro está em cada um de nós. Encontrar-se é o desafio. Entender-se sagrado é o caminho. Enxergar além de, é o que falta. Permitir-se acolher o irmão e entender que ele é tão frágil e tão forte como nós é a meta. Que ninguém é melhor do que ninguém. No final das contas somos pó...
Nem sempre intactos. Nem sempre puros...
O importante é buscar, olhar para dentro de si e observar que o mundo é benção, que somos filhos da Graça temos a divindade dentro de nós...
*"Sejamos gratos às pessoas que nos proporcionam felicidade, são elas os adoráveis jardineiros que nos fazem florir a alma."*
Vitor Ávila.

domingo, 1 de março de 2020

Qual lobo você alimenta?

A Fábula dos Dois Lobos (dos índios Cherokee)
Certo dia, um jovem índio cherokee chegou perto de seu avô para pedir um conselho. Momentos antes, um de seus amigos havia cometido uma injustiça contra o jovem e, tomado pela raiva, o índio resolveu buscar os sábios conselhos daquele ancião.

O velho índio olhou fundo nos olhos de seu neto e disse:

“Eu também, meu neto, às vezes, sinto grande ódio daqueles que cometem injustiças sem sentir qualquer arrependimento pelo que fizeram. Mas o ódio corrói quem o sente, e nunca fere o inimigo. É como tomar veneno, desejando que o inimigo morra.”

O jovem continuou olhando, surpreso, e o avô continuou:

“Várias vezes lutei contra esses sentimentos. É como se existissem dois lobos dentro de mim. Um deles é bom e não faz mal. Ele vive em harmonia com todos ao seu redor e não se ofende. Ele só luta quando é preciso fazê-lo, e de maneira reta.”

“Mas o outro lobo… Este é cheio de raiva. A coisa mais insignificante é capaz de provocar nele um terrível acesso de raiva. Ele briga com todos, o tempo todo, sem nenhum motivo. Sua raiva e ódio são muito grandes, e por isso ele não mede as consequências de seus atos. É uma raiva inútil, pois sua raiva não irá mudar nada. Às vezes, é difícil conviver com estes dois lobos dentro de mim, pois ambos tentam dominar meu espírito.”

O garoto olhou intensamente nos olhos de seu avô e perguntou: “E qual deles vence?”

Ao que o avô sorriu e respondeu baixinho: “Aquele que eu alimento.”