Sempre que vejo esses cartazes sobre campanhas de doação de sangue, não consigo deixar de ironizar o pedido, não pela intenção, que é nobre, claro, mas pelo caminho que fará esse sangue doado. Fico sempre imaginando uma pessoa prepotente, arrogante, cheia de si, se achando a pessoa mais importante do planeta, por um problema qualquer vai parar num hospital, numa sala de emergência e necessita urgentemente de sangue. Surpresa... Não tem sangue no estoque, começam os amigos a pedirem doadores entre os militares, entre os próprios amigos, familiares, mas eles mesmo não doam, lógico, alguém tem que fazer o papel de relações públicas nesse momento. Ufa... Parece que o problema foi resolvido. O sangue chegou, a pessoa foi salva e ao sair do hospital com aquele ar de superioridade, fedendo prepotência e arrogância, se depara com um morador de rua na porta do hospital que lhe pede um trocado para comprar um lanche, o homem o olha de cima a baixo e lhe responde, se estivesse dando duro na vida não estaria agora nessa situação pedindo esmolas, vai trabalhar vagabundo. Uma das enfermeiras indignadas corre até a porta do hospital, chama o homem e lhe diz: - Senhor este rapaz que lhe pediu um lanche, foi o que lhe doou o sangue,e salvou sua vida. Cara de paisagem!!! Isso quer dizer, para que tanta prepotência se o mesmo sangue que corre nas veias de um morador de rua é o mesmo que corre nas veias de qualquer um.
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